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Em meio ao debate que ganhou um novo destaque com o protesto realizado pelo movimento estudantil na USP, os prós e contras dessa forma recente de ensino nas universidades, pelo menos na comunidade brasileira, foram evidenciados.
Comecemos então pelos pontos a favor do método. Entre eles citam-se: o atendimento a um número elevado de pessoas que por inúmeros motivos, como a distância geográfica e as questões de saúde, são impossibilitadas de receber educação; as baixas mensalidades, que favorecem os obstáculos econômicos; e a maior disponibilidade e flexibilidade dos horários, que atendem fundamentalmente os trabalhadores que também desejam estudar.
Em segundo plano, os aspectos negativos ressaltados por professores e alunos dizem respeito essencialmente ao fato de a educação a distância estar sendo institucionalizada como substituinte da educação dentro da academia. Para esses sujeitos, esse processo educacional é, sem dúvida, uma maneira de disponibilizar informação a um maior contingente de pessoas, no entanto, não é formação, visto que a formação acadêmica exige um contexto amplo composto por professores, alunos, bibliotecas, o ambiente real de produção de trabalhos, ou seja, o aprendizado no universo presencial seria mais efetivo.
Exemplos concretos de pessoas formadas a distância que conseguiram se sobressair dentro das empresas onde trabalham vêm contrapor muitos dos pontos expostos por quem é contra o método. Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário da educação a distância do MEC, revela que “o ensino a distância está formando gente com muita qualidade e não é uma coisa distante, é uma coisa presente.” Antigamente as pessoas eram educadas a distância porque precisavam, hoje já é uma opção.
Uma das principais perguntas quando se evoca o tema é se o governo vem colocando esse tipo de sistema educacional como uma política pública que silencia todo o problema envolvendo a educação nacional (a ineficiente formação dos professores, a falta de estrutura dos ambientes acadêmicos, ou a ausência de instrumentos e materiais que viabilizem o ensino) ou se ele realmente tem se preocupado com os indivíduos que dificilmente têm acesso à educação.
Entretanto, pensando nesta que é uma realidade contemporânea para a qual não podemos mais virar as costas e refletindo a eficácia desse sistema que expande a educação a todos os picos do Brasil tantas vezes esquecidos por esse governo, devemos nos atentar para uma outra esfera, que reconsidera as objeções e resgata a quantidade de sujeitos (o número de analfabetos chega atualmente a quase 14 milhões de brasileiros) que ainda podem ser auxiliados por esse tipo de ensino, que obviamente também precisa ser revisado.
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