Falando de moda!

Nesta quarta-feira teve início a São Paulo Fashion Week (SPFW), a semana de moda de São Paulo, que ocorre de seis em seis meses e aponta as tendências que serão utilizadas nas próximas estações. Resolvi escrever sobre esse assunto porque há pouco tempo era uma daquelas pessoas desinformadas que percebia a indústria da moda com certo preconceito. A moda tem muito mais a ver com a vida real do que geralmente se pensa e ela vem crescendo muito, tanto no âmbito internacional, quanto no mercado nacional.

Assunto pertinente dentro de casa, nas escolas ou no trabalho, tanto quanto a política, o meio ambiente ou as artes, em geral, a moda integra a construção da identidade individual. Não acredite quando disserem que se trata de coisa para iniciados ou algo restrito ao mundo fashion. O que você veste e exibe comumente revela traços intrínsecos e essenciais de sua personalidade. Os preconceitos existem em parte porque ela possui um caráter efêmero manifestado nos desfiles e modismos, e também porque ela se relaciona com a aparência (supotamente privilegia o superficial em detrimento do conteúdo). Além disso, ela é frequentemente retratada como algo feito para ludibriar vítimas alienadas e dispersas, para tornar as pessoas aquilo que elas não são.

Quem a critica dessa forma (e até pouco tempo eu podia me incluir aqui) de fato despreza todas as implicações que a moda possui em um contexto imcrivelmente maior: político, econômico, sociológico, psicológico. Embora a "ditadura da moda" colha seus efeitos ainda hoje entre aqueles que se sentem manipulados por ela, falar de moda é muito mais do que falar da roupa que se está vestindo, é dissipar-se de idéias pré-concebidas e atentar-se para os reflexos e as transformações que ela explicita na sociedade que nos cerca.