Quatro mãos

Em um mundo que vê eclodir uma bolha digital chamada blogosfera, sinto-me quase como que descobrindo o fogo. E não era para ser assim, afinal, o que se espera de um jovem é que ele esteja conectado, online. Mas a necessidade urgiu, como o leão faminto que não dá mole à sua presa: criei um blog. Ou melhor, criamos. Eu (Renato), e Lorena, minha companheira de viagem. Estudamos Jornalismo na Universidade Federal de Goiás e gostamos de tanta coisa em comum que decidimos que somos almas gêmeas. Aquelas que foram separadas no passado. Concluímos também que somos almas que de gêmeas tem apenas as idéias e o prazer mútuo de estarem juntas. Cada um com seu cônjuge (ou à procura), vamos caminhando contra uma ventania de coisas bizarras que, vez ou outra, dá lugar a um marasmo modorrento de estilhaçar a paciência do mais paciente eremita. C'est la vie, já diria um francês bem informado.

Ao longo desses anos de caminhada seguindo os passos um do outro, colecionamos algumas impressões sobre o mundo. E agora queremos escrever. Sobre isso, o mundo. Sem linha editorial. Apenas nosso ponto de vista acerca do que se sucede aqui, entre esse céu e essa terra. Nada muito romântico, ou crítico, ou profundo. Queremos mesmo é que o mundo e as coisas mostrem a nós como escrever. De início, por exemplo, num exercício de metalinguagem, vamos falar alguma coisa sobre blog e como essa ferramenta tem alcançado grandes distâncias. Este texto (próximo post) é de origem acadêmica. Foi útil para a sala de aula, será útil para este espaço. Comecemos então com uma discussão sobre a blogosfera e sua abrangência.

Sejam bem-vindos ao Dois Lados e Meio...